Reinventando a escola…

No final do 2º período, os professores foram encontrando as suas próprias soluções, tentando que fossem eficazes, sem descurarem o acompanhamento de proximidade e apoiando os alunos de acordo com as necessidades que foram identificando.
A equipa diretiva, desde logo, procurou dar resposta às dificuldades manifestadas por vários alunos, disponibilizando almoços na escola Sá Couto, bem como fornecendo equipamentos informáticos e dispositivos de internet para, assim, conseguir minimizar as diferenças no acesso à Escola.

Conseguimos dar resposta a 96 alunos com o empréstimo de 26 computadores portáteis novos e 11 tablets que eram usados nas bibliotecas escolares. Houve também doações por parte de professores e encarregados de educação e a Junta de Freguesia de Anta e Guetim ofereceu ao Agrupamento 30 tablets, que também foram disponibilizados às famílias.

Mas os professores estão perante um novo desafio que é ensinar à distância, através de um ecrã, sem conseguir visualizar a totalidade dos alunos, sem conseguir circular no meio deles e observar o que cada um está a conseguir fazer, sem conseguir ver a alegria de um aluno por ter compreendido um conceito… Quanto aos alunos, estes estão a ser, mais do que nunca, construtores ativos do seu conhecimento.

Os professores, reforçando as práticas de trabalho colaborativo já instituídas, disponibilizam materiais, que permitem aos alunos adquirirem as competências essenciais previstas no perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória, bem como as aprendizagens essenciais.

Tivemos de nos reinventar e encontrar um caminho comum para as diferentes turmas do Agrupamento. Tivemos de encontrar respostas para os alunos com medidas seletivas e adicionais, estando os professores da educação especial a utilizar as ferramentas adequadas ao perfil de cada aluno, sem deixar ninguém para trás.

Procuramos uma plataforma segura que permite registar as atividades síncronas e assíncronas que cada professor, cada turma e cada aluno desenvolve e a Microsoft Teams foi, para já, uma aposta ganha.

A literacia digital de cada aluno e professor está a ser melhorada à medida que o tempo de trabalho na plataforma aumenta. E quando tudo estava a correr a uma ‘velocidade de cruzeiro’, o regresso às aulas presenciais para os alunos dos 11º e 12º anos teve de ser preparado.

O regresso à escola foi uma prova dura, devido ao medo de contágio, foi uma prova da responsabilidade dos nossos alunos, dos professores, dos auxiliares operacionais (AO) e assistentes técnicos (AT).


Para seguir as orientações da DGS, foi necessário criar procedimentos próprios para alunos, professores e funcionários, mudar horários, criar corredores de circulação, pensar em novas manchas horárias, articular o E@D com o presencial e, sobretudo, pensar na segurança de todos os que estavam para regressar.

Foram dias exigentes, mas todos estamos a dar provas de que conseguimos ultrapassar os constrangimentos.
Com o ensino secundário a ter aulas presenciais, regressaram os alunos do pré-escolar.

E voltamos a preparar corredores de circulação, procedimentos para a troca de calçado, e formas de garantir a segurança de todos. Desta vez, a idade das crianças e a sua forma de ver a escola podiam ser um problema. Mas também os mais pequenos interiorizaram as regras e, frequentemente, nos surpreendem com a sua capacidade de as cumprirem.

As condições de inscrição, o calendário de exames e de provas finais e a sua realização, tudo foi alterado, mas o Agrupamento tem sempre em atenção a segurança dos alunos. A orientação vocacional, as matrículas para o próximo ano, a constituição de turmas e a organização do novo ano letivo são procedimentos que não ficam para trás e que terão de ser adaptados aos novos tempos.


Esta é, sem dúvida, uma experiência que marca cada um de nós e os elementos da equipa diretiva, em particular. A responsabilidade de criar condições para ensinar à distância e regressar à escola em segurança foi e é uma tarefa exigente.
Os professores merecem o respeito e o agradecimento de todos pelo esforço que fizeram de estar sempre presentes e atentos nesta nova forma de viver a escola.

Também as psicólogas, que, nestes tempos difíceis, sempre acompanharam os alunos, têm o reconhecimento de toda a comunidade educativa.

Os AO e AT também merecem uma palavra de apreço pelo cumprimento das suas obrigações, em trabalho colaborativo, e executando os diversos procedimentos de higienização.

São ainda dignos de reconhecimento os nosso alunos e suas famílias que, muitas vezes em sérias dificuldades, acompanharam esta nova forma de estar na escola.

Repensar e organizar a Escola desta forma é um exercício de superação que a todos custa, mas o Agrupamento e a sua equipa diretiva têm mostrado serem capazes de o fazer, não deixando ninguém para trás.

 

7 de junho de 2020
Ana Gabriela Moreira, Diretora do AEML

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